Mistério do 'rosto na Lua' é desvendado por cientistas americanos

Mistério do 'rosto na Lua' é desvendado por cientistas americanos



Na pesquisa publicada no Journal of Geophysical Research , o grupo de pesquisadores explica que a poeira lunar criou uma espécie de "redemoinho" na superfície do corpo celeste, o que gerou a ilusão do 'desenho' de um rosto,  que ficava ainda mais evidente durante a Lua cheia.

A Agência Espacial Norte-Americana (Nasa)  estuda os "redemoinhos" há décadas e já publicou diversos estudos sobre o fenômeno. Entretanto, até então, ninguém sabia do que eram formados e como se originavam, havendo somente uma suspeita por causa das áreas de intenso magnetismo em que tais "manchas" surgiam.



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O estudo ainda revelou que os ventos solares , que são correntes de partículas altamente carregadas, normalmente batem na camada externa da Lua, causando o "branqueamento" gradual ao longo dos anos.

Cientistas da Universidade Rutgers, que também colaboraram com as análises, afirmaram que modelos de computador para mapear os ' redemoinhos lunares ' foram essenciais para que as zonas magnéticas estreitas fossem encontradas, parecendo com cordas que, segundo a equipe, se alinharam a tubos de lava em antigos túneis subterrâneos, formados durante o passado vulcânico do satélite.  

“As áreas onde a atividade vulcânica era mais forte, tornaram-se altamente magnéticas devido aos minerais que se desfazem sob temperaturas extremas, liberando ferro”, expuseram na publicação.

Tal informação levantou especulações de que os túneis de lava subterrâneos poderiam ter se transformado em estruturas com magnitude ainda maior, principalmente em períodos mais tranquilos, já que as partículas que chegam dos ventos solares são defletidas por esse campo de força magnética, permitindo que algumas partes lunares permaneçam escuras, formando assim, os "redemoinhos".

fenômenos são altamente magnéticos e fortes na Lua . Essa foi a peça final do quebra-cabeça da compreensão acerca do magnetismo desses poderosos 'redemoinhos lunares'”, concluiu a coautora do estudo, Sonia Tikoo.